Geração Ozempic? Quanto Pesa a Beleza em 2025?
Alerta: esse artigo cita assuntos delicados que podem despertar gatilhos.
O ano é 2025 e o assunto emagrecimento volta a crescer nas redes. O motivo disso? Celebridades e influencers exibindo uma magreza excessiva, muito distante do natural. Esses corpos extremamente magros tem um responsável polêmico, o medicamento ozempic.
Mas esse método é seguro? A busca pelo corpo absurdamente magro compensa? Primeiro é preciso entender por que esse movimento se levanta depois da era plus size, onde a aceitação pessoal foi protagonista. Fato é que, a magreza voltou diferente e por que não dizer de forma preocupante.
Por que a busca por ozempic virou uma corrida desenfreada?
Um padrão de beleza é determinado a partir de tendências de moda, fatores sociais e econômicos. Acontece que esse não é um evento fixo, as tendências são cíclicas. Elas vem e vão, acompanhando um ciclo de vida natural. Ela surge, atinge um ápice e depois cai em declínio. É por isso que percebemos o retorno de uma tendência que estava em descanso por um período e volta repaginada.
O resultado disso é a forte influência na decisão de compra. Se antes o que estava no auge era a moda plus size, fundamentada na aceitação do corpo feminino, agora a magreza extrema se apresenta como o “novo bonito.” Mas como se encaixar em um padrão de beleza praticamente irreal?
Acontece que a magreza exagerada não é alcançada de forma natural pela maioria das mulheres. Por isso, a procura do ozempic extrapolou a oferta, resultando no alto lucro da marca e uma crise na saúde devido a falta do medicamento nas farmácias.
Essa onda da magreza encabeçada por celebridades tornou alarmante o uso do medicamento para fim estético. Afinal, quando se vê personalidades emagrecendo do dia para a noite e o grande público acompanhando esse movimento, é sinal de que temos algo para repensar.
A tendência “heroin chic” de volta:

Nos anos 90 o mundo POP mergulhava na estética “heroin chic”. A super modelo Kate Moss era o rosto dessa estética com uma aparência decadente porém glamourizada. Esse estilo retratava uma forma física cansada, quase que debilitada com corpos magros, ossos e costela visíveis, olheiras profundas, pernas e braços finos de quem não come e não dorme há dias. Tudo isso com roupas caras e holofotes por cima.
Esse estilo refletia rebeldia e desleixo, assim como se vê nas fotos da modelo Kate Moss. Mas a estética “heroin chic” não era só um visual, ela era a real imagem do abuso de drogas por celebridades POP daquela época. E isso foi transformado em estética, vindo diretamente das passarelas de moda.
Até que esse auge é interrompido com a chegada da uber model brasileira Gisele Bündchen. Gisele pisa e se consolida nas passarelas com um corpo com curvas, mais natural e saudável exalando sensualidade, o contrário das modelos da estética “heroin chic.” Assim, a uber model marca o enfraquecimento da estética “heroin chic” e a magreza excessiva dá lugar a corpos mais atléticos, como o de Gisele.

A era de Bündchen durou bastante, mas em 2025 as coisas mudam. Começa a surgir nas redes sociais corpos extremamente magros que sugerem um “novo” padrão de beleza. As celebridades voltam a exibir uma magreza excessiva com seus ossos aparentes estabelecendo uma nova tendência de moda.
Você começa a pensar que ao conquistar esse corpo, vai conseguir também sua auto estima. Esse tipo de pensamento é efeito da era das plataformas digitais. Porém esse novo padrão de beleza está diretamente ligado a distúrbios graves, levantados pela ciência como um alerta importante.
As redes sociais apresentam esse novo padrão de corpo como o ideal e influenciam as pessoas a buscar essa mesma estética. Porém você não imagina que “recursos” foram usados para conquistar esse nível de magreza em tempo recorde.
Como é o rosto ozempic:

Antes nas redes sociais e depois na ruas, os corpos exageradamente magros começarem a aparecer. Para conseguir essa magreza do dia para a noite, o ozempic virou o remédio do momento, o “item de moda” mais desejado. A ciência diz que de cada 10 pessoas, de 6 a 7 estão usando o ozempic unicamente para emagrecer.
Mas a verdade é que esse medicamento não foi desenvolvido para fins estéticos. Ozempic é recomendado para tratamentos de pacientes com condições sérias de saúde. Ele é feito para diabéticos e obesos. Porém, o que estamos vendo é o uso indiscriminado do medicamento, mesmo sendo caro.
O abuso de ozempic criou um problema maior para quem realmente sofre com a obesidade e diabetes – que quer apenas ter mais qualidade de vida e saúde. A corrida desenfreada em busca da magreza fez o ozempic sumir das prateleiras das farmácias.
Sem o remédio para comprar, o paciente que realmente precisa fica sem poder realizar seu tratamento. Além disso, o remédio é muito caro, o que prejudica o acesso a medicação de um lado e favorece apenas quem pode pagar tão caro. Isso é percebido pelo uso do ozempic entre as celebridades. Ou seja, quem tem acesso emagrece em velocidade máxima, mas realmente precisa?
O que se sabe até então é que sim, o ozempic tem efeitos colaterais. Além de sérios efeitos na saúde, o resultado estético não é natural. A perda drástica de peso provoca a flacidez do rosto, uma característica evidente de quem usa o remédio da moda.
Passamos a perceber celebridades com um rosto de maxilar sobressaltado, bochechas e olhos caídos além do normal. Esse efeito “derretido” define o termo apelidado de “rosto ozempic” e esse é apenas um dos muitos efeitos colaterais e até perigosos que a ciência aponta.
Os perigos dessa tendência:

Se eu te pedisse para pensar em um nome de celebridade nacional ou internacional que emagreceu assustadoramente, tenho certeza que você me diria 4 ou 5 nomes de personalidades da cultura pop. Provavelmente nenhum desses corpos foram conquistados apenas com alimentação saudável, porque por uma estratégia de nutrição equilibrada, o resultado nunca seria a magreza excessiva e sim, um emagrecimento fiel a cada biotipo.
Faz pouco tempo, as Kardashians eram o parâmetro para o corpo ideal. Um biotipo extremamente volumoso, com curvas muito definidas destacando a sensualidade como marca. Por causa das Kardashians muitos procedimentos estéticos foram popularizados, principalmente os preenchimentos com ácido hialurônico.
Elas são um exemplo clássico do contraste entre as tendências, já que agora a maioria delas também está extremamente magra e enquadrada na volta da magreza excessiva. Não se pode obviamente, afirmar que as Kardashians fizeram uso do ozempic, mas a forte influência de famosas abriu discussões nas redes sociais sobre até onde devo ignorar riscos para me enquadrar em um padrão de beleza momentâneo?
Esse artigo não vai te oferecer uma lista de benefícios do ozempic, porque na verdade o que ele faz é cortar brutalmente sua fome. Fica fácil para nós, imaginar que o resultado disso no corpo pode comprometer a saúde.
Mas não precisamos ficar só no achismo, já existem estudos que explanam os problemas do ozempic quando usado apenas para fins estéticos. Além disso, a ciência também revela que existe sim, uma estratégia segura e eficaz, que não necessite do ozempic para emagrecer.
O caminho para a perda de peso sem o ozempic:
Comida de verdade: comece entendendo que emagrecer não significa simplesmente reduzir números na balança para caber em um padrão de beleza, mas sim escolher hábitos saudáveis que resultam em uma saúde melhor por mais tempo. Na prática, frutas e vegetais tem tantas vitaminas e minerais que ajudam na saciedade ao longo do dia.
As proteínas magras também te ajudam a manter o corpo saciado e energizado, enquanto as gorduras saudáveis como abacates, nozes e peixes desempenham um papel importante na manutenção da saúde do coração e também na saciedade.
Atividade física: busque exercícios com os quais você se identifica para fortalecer músculos e melhorar seu bem-estar mental. Seja caminhada, ciclismo ou natação o importante é se movimentar regularmente. Além de uma boa forma física a saúde mental também merece sua atenção. Para ajudar nessa jornada, recorrer a um especialista é sempre uma escolha inteligente.

Seja realista: respeite o seu corpo e seus limites. O emagrecimento saudável não acontece do dia para a noite. Desconfie de métodos milagrosos. Reconheça cada avanço e seja paciente durante sua jornada. Seja gentil com você mesma!
Consulte um profissional: o emagrecimento em tempo recorde promovido por remédios como o ozempic pode custar caro a sua saúde. Opte por métodos naturais de emagrecimento para conquistar um resultado sustentável. Não adianta emagrecer e comprometer seu bem-estar.
Os debates se intensificam a medida que o corpo magro é sugerido pela mídia como padrão de beleza. Há uma desvantagem enorme em tentar se encaixar nessa “nova” tendência. Na corrida por uma estética nada realista e fantasiosa, muitas mulheres podem acabar desenvolvendo distúrbios alimentares, de auto imagem, depressão e várias outras doenças psiquiátricas.
Mesmo assim, não será a indústria farmacêutica que vai se posicionar contra essa tendência, afinal, a empresa responsável pelo ozempic faturou tantos bilhões de dólares que esse boom de vendas até aumentou o PIP da Dinamarca, país de origem do remédio.
Lá atrás, Gisele Bünchen com sua sensualidade abafou a estética “heroin chic” por um tempo, seguido pela estética de corpos volumosos das Kardashians. Mas aparentemente, a magreza excessiva está voltando com força total.
O que se observa é como a percepção do que é bonito não está baseada na verdadeira harmonia visual, mas sim na influência midiática que dita o que é, ou não, popular. A verdade é que ainda precisamos responder a pergunta: a beleza tem mesmo um peso ideal?
E mesmo que você queira, perder peso para se sentir melhor é totalmente válido! Há sim muitas formas de emagrecer de maneira saudável e natural. Por aqui mesmo, já mostramos inúmeras dicas bacanas de auto cuidado. Você pode conhecer, por exemplo, o poder do colágeno natural caseiro.
Quanto mais bem informada, mais opções você terá para cuidar da sua aparência sem prejudicar a sua saúde. Afinal, sem saúde não existe beleza!